domingo, 30 de junho de 2013

Nosso magnetismo


É estranho como podemos ficar dependentes de alguém. Amigos, irmãos, pais, animais de estimação... Mas me refiro, nesse momento, a você. Não é como um vício, pois, se o fosse, eu seria sua prisioneira, sem liberdade ou escolhas. É mais como um ímã. Você me atrai e me deixa feliz em estar ao seu lado. Os dias sem te ver não são a mesma coisa. Sou apta a algumas escolhas, mas você me cativou de tal forma que elas remetem a você. Quero poder cuidar de você, te consolar, te animar - até mesmo ficar calada perto de você -, apesar de saber que isso não será sempre possível. O seu cheiro natural me é melhor do que qualquer perfume de marca ou não. E sabe de mais outra coisa? Acredito que Deus te criou, dentre tantos outros motivos, como uma forma de calmante pra mim. A sua voz é música, e os seus olhos são um espelho.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

[Livro] Como Navegar em uma Tempestade de Dragão - Cressida Cowell


"Soluço tem três meses, cinco dias e seis horas para descobrir a América, voltar a Berk, salvar seu pai, derrotar as Serpentes-polares E vencer a Competição Amistosa de Nado Intertribal. Será que ele vai conseguir???"

Como Navegar em uma Tempestade de Dragão é o sétimo livro da série Como Treinar o Seu Dragão, estrelada por Soluço Spantosicus Strondus III e "traduzida do Antigo Norueguês por Cressida Cowell", como afirma sua capa. Cada livro da série possui uma história independente, o que nos permite ler qualquer um dos títulos isoladamente. Como Navegar em uma Tempestade de Dragão possui 271 páginas. Porém, sua narrativa é tão leve e utiliza de nomes e expressões tão cômicas que não impede que a criança mais nova ou o mais idoso fique interessado pelo desfecho.


Em Como Navegar em uma Tempestade de Dragão, uma Competição Amistosa de Nado Intertribal marca o início da trama. Membros da Tribo dos Hooligans Cabeludos, da Tribo Assassina e da Tribo das Ladras do Pântano disputam o prêmio do Último Homem a Voltar: aquele ou aquela que passasse mais tempo em alto-mar e, consequentemente, fosse o último ou última a retornar, seria o(a) vencedor(a). Porém, logo no início da Competição, Soluço e mais dois amigos, Perna-de-peixe e Camicazi, são vítimas de uma trapaça, o que os faz serem sequestrados em uma expedição rumo à América. Entre Serpentes-polares, escravos Peregrinos, inimigos declarados, tempestades e dragões marinhos, Soluço precisa voltar a tempo de salvar Stoico, o Imenso (que também é seu pai), antes que uma tragédia lhe aconteça, assim como vencer a Competição.


Há aspectos bastante interessantes na história de Soluço Spantosicus Strondus III: mapas, ilustrações de Banguela e outros dragões, objetos curiosamente cômicos, nomes e expressões extremamente criativos. Cativa facilmente os admiradores da leitura infantil. E não vamos esquecer: dragões, navios, maldições, tempestades em alto-mar, vikings... Bons ímãs não faltam!









É isso. Se você já leu Como Navegar em uma Tempestade de Dragão, deixe a sua crítica. Se não leu... Bem, o que está esperando? :)

quarta-feira, 26 de junho de 2013

A quem se identifique


Nela reside uma grande contradição.
Ela admira a calmaria e aprecia a paz. Gosta de ouvir o som do silêncio, talvez sendo interrompido aqui ou ali pelo canto dos pássaros. A noite sonorizada unicamente pelo som contínuo do ventilador. Mas há algo que não coincide.
Ela é uma bomba relógio.
Não por vontade própria, mas por vezes seu temperamento costuma ser explosivo. Ela faz tempestades em copos d'água, para logo em seguida arrepender-se e ficar decepcionada consigo mesma, com sua carência de auto-controle.
Ela se entristece sem motivo. É melancólica.
Às vezes é completamente desatenta - principalmente durante a noite. Seus pensamentos oscilam e, quando percebe, não consegue mais lembrar por onde começou.
Ela pode ser qualquer um.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Estranhos que se completam


Era uma noite calma e um tanto fria. Ainda pairava na lembrança dos dois a loucura que ele havia feito naquela tarde. Uma loucura boa. Ele chegara, descalço, para a atendente de uma das lanchonetes do shopping e começara:
- Que dia é hoje? - ele perguntou, eufórico.
- Quarta-feira. - Respondeu a atendente. Não lembro bem se era mesmo quarta-feira, mas sei que era um dia no meio da semana.
- Qual a data de hoje? - perguntou ele, fingindo ansiedade e nervosismo.
Desconfiada, a atendente respondeu:
- xx de Junho.
- De que ano?
- 2012.
Ele deu um bulo e levantou os braços:
- DEU CERTO!!!
E saiu correndo, feliz. Não sei exatamente qual foi a expressão da atendente, uma vez que eu olhava de longe e, depois do desfecho, saí correndo também, para não ser vista. Imagino que ela tenha ficado lá, parada, se perguntando o que acabara de acontecer - ou talvez somente imaginando de qual manicômio aquele jovem havia fugido.
Ele novamente se encontrou comigo e mais dois de nossos amigos. Estávamos todos rindo daquela enorme e divertida besteira.
Naquele mesmo dia, à noite, enquanto conversávamos, ele disse:
- A minha futura namorada vai ter que rir dessas minhas besteiras.
Se foi uma indireta? A pouco tempo atrás, eu o perguntei sobre isso e ele disse que sim.
E a prova disso é que, pouco mais de um mês após o ocorrido, iniciamos, juntos, a nossa jornada como estranhos namorados.

Esse é um relato real.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Preto e branco aquarelado


Ela sempre foi uma pessoa fechada a novos lugares e novas pessoas. Vivia em seu mundo e, de dentro dele, se protegia; não deixava que ninguém ultrapassasse a fronteira. Apesar de chorar às vezes, de certa forma, ela gostava da tristeza - talvez fosse por isso que costumava mantê-la sempre perto de si. A melancolia lhe servia de inspiração e o pensamento de estar sempre só lhe dava mais segurança. Mas como um gatuno, esperto e sorrateiro, ele apareceu. Invadiu os seus limites e, sem perceber, ela não lhe oferecia resistência. As intenções nunca foram más. Se ela era o branco, ele era o preto. Se ela era a tempestade, ele era a calmaria. Mas apesar dos contrapontos e de qualquer outro pesar, de uma forma estranha - e especial - os dois se misturavam. Combinavam-se de forma tamanha, que criavam consigo mesmos uma matiz única, cuja linha divisória mantinha-se tênue. E os sorrisos eram tão numerosos quanto as estrelas.